domingo, 20 de maio de 2012

Coisas que eu quero lhe falar

         Olá, velho amigo, como você tem passado? Já faz algum tempo que não nos falamos, o que é estranho vindo de duas pessoas que conversavam todos os dias. Mas mais estranho é que o fato não me incomoda mais, não tento mais reviver o que já foi enterrado. Sei poucos detalhes soltos do que tem acontecido em sua vida, e você não sabe qualquer coisa do que me vem acontecendo. E faz mais de dois anos, querido. Eu me pergunto se você pensa sobre nós, sobre a amizade que aos poucos foi indo embora. Eu penso. É triste perceber que eu não coloco mais a mão no fogo por você, e que eu saí queimada antes. Será que você também percebeu que não tem volta? As vezes eu acho que não. Talvez se nas poucas vezes que nos falamos nesse longo período você tivesse parado alguns instantes de falar sobre você e tivesse se importado, demonstrado algum interesse pelo que estava acontecendo comigo... eu precisei de você, sabe? Mas você nunca esteve lá. Cobrou de mim várias atitudes, no entanto, o que foi que você fez? Ficou sentado esperando que eu fizesse o trabalho de tentar manter a nossa amizade em pé, não é? Pois bem, eu já deixei de fazer isso a algum tempo, e você acha que é porque eu deixei de me importar contigo. Não, eu só cansei de ser a única que se importa. Cansei de precisar de um ombro amigo e ter que ficar quieta ouvindo você falar do seu corte de cabelo, porque qualquer tentativa minha de abertura era cortada. Não estou querendo dizer que eu não tenho culpa, sei que tenho, mas não consigo pensar em como isso poderia ter tomado um rumo diferente. Talvez se nós tivéssemos tido essa conversa antes... Eu adoraria ter falado, mas você me conhece, ou pelo menos essa característica minha. Medo. Sim, eu tinha medo de te perder, mas olha só que ironia, por medo de perder, acabei perdendo. Nós acabamos perdendo - e talvez isso nem te abale (eu adoraria saber). Por favor, me diga tudo o que tens pra dizer quanto a isso, esperei por muito tempo, então não precisa ter pressa.

Ainda com carinho, Isabel.

quinta-feira, 22 de março de 2012

back to the future




Durante dias e noites, escondes o que de mais profundo e obscuro tens em teu coração. Te machuca não se abrir e falar tudo que sentes mas sabes que é necessário. Tiras o telefone do gancho milhares e milhares de vezes no dia, e em alguns instantes até chegas a digitar os primeiros números, mas aquilo que chamam de "bom senso" te impede de te ferir mais.
O mundo conspira pra que sigas, mas as memórias... Ah as Memórias... Essas amarram teus pés no passado, e não te deixam dar um passo adiante.
Desprender-se das amarras do teu passado é doloroso e demorado, mas alguém novo vai motivar-te a tal ato, e então tuas memórias se tornarão boas novamente, fazendo com que sigas estampando um sorriso que nunca deverias ter escondido.



Olha só, quem é vivo sempre aparece, não é? Então... Três meses sem postar, três meses no "esquecimento", e três meses sem criatividade. Mas como dizem, nada melhor do que novas experiências pra te motivar a escrever (alguém diz isso além de mim?). Enfim... Acho que é isso. Beijo! Marina.

domingo, 18 de dezembro de 2011

She always belonged to someone else ♪



Então chega aquele momento em que nada parece certo e que todos sumiram.
Você olha pra todos os lados e percebe que boa parte do que pensava e acreditava não passa de algo ilusório, e vê um espaço tão grande entre você e seu passado, que não consegue achar nenhuma ligação entre os dois.
Então você desmorona, e percebe que a vida inteira foi assim, e seu maior feito foi imaginar uma vida e idealizar pessoas.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

mudaram as estações


Talvez as coisas tenham acontecido rápido demais. Me vi sozinha em lugar que já não era meu, cercada de pessoas que me sorriam e cumprimentavam, mas que não pareciam familiares. Os gostos, jeitos, brincadeiras e as vontades mudaram. Um lugar a muito tempo conhecido já não fazia sentido, não fazia falta. O mundo girou diversas vezes, a vontade de voltar onde pensava ser meu lugar aumentou, mas sem perceber assim como veio... foi. Dissipou-se com o vento, e como uma rajada forte levou minha saudade embora, trazendo uma sensação de desconforto e solidão, trazendo aquela vontade de estar em outro lugar, com outra pessoa, que te entende e que faz as mãos suarem.


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Every teardrop is a waterfall

Essa não é nem metade da história que você nunca vai conhecer, e pessoas como você é que fizeram tudo isso acontecer, então não queira dar lição de moral. É muito simples, porém, se tu passasses por algo semelhante duvido que farias diferente. Duvido que terias aguentado. E francamente, não sei como eu aguento. Quatro horas da manhã e eu ainda estou aqui. Você já sentiu como se não pertencesse a lugar algum mais? Sempre senti como se tivesse algum lugar ao qual recorrer quando tudo estivesse perdido, um lugar que me faria esquecer tudo o que eu tenho passado, mas esse lugar não existe mais, foi embora com a minha paz. Você já sentiu que, apesar de nunca estar sozinho, está sempre só? Difícil.
E eu vejo pessoas reclamando por todos os lados, como se elas realmente tivessem motivos para isso. Sinto inveja. Inveja de ter alguém me ouvindo reclamar de coisas banais, quando hoje não encontro um abraço em que possa depositar reais motivos de tristeza. O que eu encontro? Alguém que não sabe o que é perder aquilo o que você mais deu valor, que não sabe o que é deitar todas as noites e chorar silenciosamente, já que a tempos as lágrimas se extinguiram;  Mas continue dando suas risadas, como se eu precisasse delas, que eu continuo fingindo que não me importo e que está tudo bem.
Estou em uma busca desesperadora, tentando encontrar um caminho seguro. Não sei se consigo suportar por mais muito tempo, mas continuarei aqui. Imagino como seria sem tudo isso.
Faz tanto tempo que eu não posto algo aqui e vai isso mesmo qw. Ok, ficou bem confuso, mas eu estou confusa, então não poderia ser diferente. Beijos, Bel.