quarta-feira, 30 de junho de 2010

Além do que restou


Hoje estava eu pensando na vida, quando de repente me veio a escola em mente...
Pensei em tudo que vivi lá dentro, nas amizades que fiz, nas horas de aulas longas e chatas... Enfim, tudo.
Incrível como só nos damos conta da importância que a escola tem quando tudo está prestes a terminar.
Quanto tempo vivido entre aquelas estruturas. Quantos amigos. Quantas histórias...
Triste imaginar a vida sem isso tudo. Sem os amigos, pra apoiar em qualquer momento de dificuldade, sem as brigas, por causa de notas baixas, sem os professores chatos e ranzinzas...
Fiquei pensando como vai ser depois disso...
E a resposta logo me veio a cabeça. Uma resposta pequena e rápida, de uma única palavra...

Saudade.

Saudade das bagunças, risadas, papos jogados fora durante as aulas, brigas, reconciliações. Saudade de cada momento passado ali.
A saudade aperta, o coração dói, as lembranças passam involuntariamente na cabeça, as antigas fotos ressurgem... E as lágrimas transbordam.
O que resta são as lembranças, e marcas que dias como esses deixaram em nossas vidas.


_________________________________________________


Pra todos do 302, que um dia foram 206 e 105. Obrigada!

sábado, 26 de junho de 2010

Memórias


Não te sinto mais aqui.
Não sentirei durante algum tempo.
Sei que o seu pensamento me acompanha, e que para ti também não é fácil.
Lembro dos dias em que passamos juntos. Teu olhar protetor, tuas palavras calmas e sinceras.
Meu coração apertado, clama por mais um abraço, um olhar... Uma palavra!
Aqui dentro ainda fazes parte da minha rotina, meus pensamentos diários e em tudo isso, lembro-me de sorrir.
Me ensinaste a sorrir mesmo quando as coisas não vão bem, porque no fim tudo da certo, é só seguir o plano...
A angústia me acompanhará até o momento de ver-te novamente, admirar teu sorriso, pular em teus braços e nesse momento o mundo vai girar vagarosamente outra vez.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Cartas pra você


Estou aqui. Estenderei-te a mão sempre que precisares, assim como tantas vezes já fiz. Não me importo de passar noites em claro por ti, se isto te fizer bem farei mil vezes mais. Me doi saber que mesmo tentando o meu melhor não consigo mudar tua realidade. Se eu pudesse, te guardaria, te esconderia de todo esse mundo que só te faz sofrer. Não deixaria te machucarem. Me colocaria a frente de nações para isso. Tuas lágrimas acarretam nas minhas, quando tudo o que eu gostaria era de ver um sorriso em teu rosto. Mas de qualquer modo, como não posso evita-las, estou aqui para enxuga-las. Tentarei fazer-te entender que as tempestades e os nevoeiros um dia dão lugar a raios de sol, e eu estarei lá junto deles quando estes aparecerem. Pode demorar, a névoa está densa e a tempestade deixa o céu cinza, tu não consegues ver um palmo a frente, mas dure o tempo que for esperarei contigo. Te abraçarei e serei teu pilar se assim quizeres, sinto-me como tal. Abandonaria tudo neste momento para poder estar contigo e te dar um abraço que só nós entendemos, que muitas vezes diz coisas que gostariamos mas nos tornamos incapazes de dizer. Foram-se os tempos de nossas ingenuidades, estamos aprendendo de forma amarga o quão cruel o mundo pode ser e que as pessoas vão lembrar sempre de te magoar, mas nunca de te ajudar. Mas eu, eu estarei aqui para guiar-te. Eu sei que não se apagará com o tempo. Quando cansares de mim, deixarei-te ir. Eu só quero te ver feliz e te agradecer por ter sempre me feito feliz. Broncas, risadas, lágrimas, momentos de alegria e de desespero, fazem parte de tudo o que construímos e isto permanecerá comigo até meu último suspiro, assim como sei que permanecerá contigo. Então seguiremos em frente de mãos dadas rumo a luz.

Obs.: O meu post anterior, "Última Glória", não tem relação comigo ou o que eu estou sentindo galera qw, é uma ficção besta que eu escrevi, só. Pra quem não entendeu, a narradora morreu no final. Morreu para salvar a "nação" dela, as pessoas que ela gostava. É isso.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Última glória

Parece-me óbvia uma derrota. Diante do campo de batalha estou analisando cada possível movimento, todos previsíveis demais, falhos demais. Estou ouvindo meu coração pulsando fazendo-me lembrar de um relógio com um tic tac demasiado rápido. O tempo estava passando rápido. Eu só preciso de uma decisão, uma unica, então meu mundo pode desabar em ruínas ou resplandecer em glória. Não permitirei que a destruição tome conta de tudo que eu construi, não esforcei-me em vão. Sentimentos não serão esmagados, nem nada do que eu sempre acreditei. Não, não deixarei triunfarem sobre mim, eu acredito em tudo o que conquistei. E como prova, uma última decisão tomarei. Aqui está a prova do quão eu lutei por tudo isto, o quanto eu acredito e que fui fiel até minha ultima batida de coração. Isso é tudo por vocês. Esta decisão é por vocês. Um suspiro, e adeus.

sábado, 12 de junho de 2010

I miss you


Apenas um olhar pro meu coração disparar e meu corpo imobilizar. Nada de palavras soltas ao vento, sem gestos exagerados.
Apenas um olhar pro meu mundo desabar. Um olhar que me desorienta, que me cativa... Só o teu olhar.
Cheio de mistério, ternura, compreensão, paixão...
Me transmite paz, me mostra o amor.
Vem pra cá, me abraça, me da um beijo, diz que me ama e que não vai me deixar nunca, e que tudo que precisa pra seguir, sou eu.
Eu só quero admirar teu olhar mais uma única vez.
Diz pra mim que me ama...
Diz que não vai me deixar...
Fica comigo!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Fragmentos, espinhos e distrações

Fragmentos de lembranças estão dissipados. Descobri que não há meios de faze-los sumir. Eu sempre soube que não seria fácil, mas nunca pensei que seria tão difícil. Ofegante e desnorteada caminho em direção ao final. Você sabe que poderíamos adiar (Não me diga que não pensa que poderíamos fazer um novo começo). Não deveríamos. Tudo me leva a crer que nada vai me ajudar, por hora, a desviar o foco de você. De nós. (Eu nunca disse que não poderíamos fazer um novo começo). Penso sobre isso mas meus pensamentos se diluem. A realidade nua diante de mim não me permite os devaneios que eu tinha um tempo atrás. Pego-me cheia de dor, uma dor fatigada. Sou tão ingênua, então culpo-me, e as atuais circunstâncias cutucam feridas antigas. (Eu jamais disse que não queria fazer um novo começo). Errôneo. Restam-me espinhos no coração como lembrança e nada vai mudar até eu encontrar uma nova distração.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Inevitável




Um dia a gente acorda e vê que aquilo tudo que sempre acreditávamos, não passou de um sonho distante.
As pessoas não tem mais os mesmos valores, se afastam umas das outras, os pensamentos mudam, as amizades antigas não são mais as mesmas.
Perceber que as coisas não são como deveriam ser, ou como achávamos que deveriam ser, dói muito, e é duro de aceitar.
Mas um dia a fixa cai e percebemos que aquilo não é tão anormal, que as pessoas tem por sua natureza mentir, que algumas vão nos enganar e nos trair.
Apartir daí, cabe a nós escolhermos em quem acreditar e por quem sofrer.
Há casos e casos, assim como pessoas e pessoas.
E assim como os casos, as pessoas passam...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O que devia ter feito

Ela estava olhando para fora encostada no parapeito da porta, viu as folhas das árvores caindo suavemente no chão. Naquele momento ela sabia que tinha tomado a decisão certa. Ela se sentia satisfeita consigo mesma. O vento lá fora ricocheteava na janela fazendo o vidro mexer, mas ela não se importava. Nada mais importava naquele momento. Com isso em mente ela subiu as escadas decidida, pegou a chave, desceu, abriu a porta. Uma brisa gelada a fez estremecer. "Quem se importa?", ela pensou. Olhou para trás, sabia que ia sentir falta do que estava deixando. Analisou cada canto lembrando de inúmeros momentos. Reparou que seu cachorro, seu melhor amigo, a estava olhando. Retribuiu o olhar. Então era isso, um ultimo adeus. A partir daquele momento eles não se veriam mais. Ela quis agradecer por tudo e dizer o quanto o amava, mas ela sabia que não era necessário. Ele entendia ela melhor do que ela própria. Ela sorriu com os olhos cheios de lágrimas, acenou e voltou sua atenção para fora. Se contradizendo, já que esta não acreditava em superstições, muito menos em sorte ou azar, fez questão de levantar o pé direito e coloca-lo para fora antes do esquerdo. Já era. Já foi. Ela começou a correr assim como a neve começou a cair do céu. Correu em busca do que ela sabia que devia ter feito a muito tempo.