domingo, 26 de dezembro de 2010

Sitting and watching the world going by ♪


O vento sopra frio na rua, as árvores balançam fortemente, como se fizessem parte de um grande espetáculo, as folhas caem lentamente, e o sol, envergonhado, aparece pouco por entre as nuvens.
Sentada em frente a janela numa confortável poltrona, segurando uma xícara de café, me pergunto o que fiz com o meu tempo e como cheguei até aquele momento sem perceber.
O mundo girou diversas vezes, e eu estava desligada demais para acompanhá-lo.
As estações mudaram, pessoas vieram, foram, algumas permanecem, às vezes escondidas demais para serem notadas.
Pensamentos não são mais iguais, objetivos nasceram e sonhos morreram.
Mas dentro de mim... Nada mudou.

Depois de muita espera, e muitos dias sem vir aqui, digo com toda a certeza que senti muuuuita falta. Agradeço a todas e todos que esperaram, nos pediram pra voltar, e torceram por mim e pela Bel no vestibular. Bom, estamos formadas agora \o/, e eu passei no vestibular, vos falo agora como uma caloura de ciências biológicas haha, agora torçam todos pro meu pão de mel também passar *-* Enfim, obrigada pelo carinho e atenção. Beijos, Marina.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Anjo


- Vou sentir saudades. – Disse o menino loiro, de grandes olhos azuis, segurando pequeninas mãos delicadas entre as suas.
- Eu também, mas prometo a você que voltaremos, conversaremos, e seremos felizes juntos. É o nosso destino.
- Você acredita em destino anjo?
- Não sei, mas aposto que se ele existe vai conspirar por nós dois.
- Conspiração é uma palavra estranha.
- Por que? Eu a acho bonita.
- Você é estranha.
- Você me ama?
- Por que me perguntas isso se sabes a resposta?
- Porque quero levar comigo, pra onde quer que seja, a recordação das melhores palavras que poderia ter ouvido.
- Eu te amo anjo. E pode acreditar, não amarei mais ninguém com essa intensidade.
A pequenina entrelaçou seus dedos longos e finos com os do menino, e com um olhar distante, mas com um sorriso radiante nos lábios, disse:
- É por ti que vivo, e é por ti que sempre viverei.
Aos poucos os dedos separaram-se e a distância aumentou.
Foi uma despedida com promessa de reencontro.

E é com esse texto e com grande dor no coração, que digo a todos e todas que eu e a belw estaremos off, por causa das lindas e maravilhosas provas de vestibular, até final do ano, ou até que sobre um tempo. Até lá podemos, ou não, pensar em várias coisas aqui pro blog. E torçam por nós, porque quando passarmos no vestibular... qw Enfim, é uma despedida com promessa de reencontro. Beijos beijos. Mari.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Longo caminho


Caminhando sobre o sol, me pergunto por onde andas e quais caminhos seguistes depois de me deixares.
Na verdade creio que sempre estivestes aqui, eu é que aos poucos me afastei, me ausentei dos teus assuntos, e te tirei dos meus. Fiz com que nossas vidas deixassem de ser uma só, e passassem a andar por caminhos diferentes, mesmo que andando sobre a mesma superfície, debaixo do mesmo sol e do mesmo céu, mesmo sendo um, tão importante para o outro quanto o próprio ar, não passássemos de apenas conhecidos na rua.
Sentada na areia, olhando o mar e esperando que a vida passe, só espero poder entender tudo o que agora não faz o menor sentido.

Olá, como estão todos? qw. Peço desculpas pela demora de atualização, esses dias foram completamente tumultuados, fim de bimestre sabem como é né?! Ah, sobre as mudanças no blog, creio que ficaremos com esse layout mesmo, pelo menos por enquanto. Enfim, é isso. Beijos, Marina.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sou um pouco humana

Eu estive pensando sobre as coisas que me deixam triste, entre elas te encontrei. Não sei ao certo quando comecei a me sentir assim, mas o que tem relevância é que eu me sinto. O que há de errado em querer voltar atrás? As vezes fazemos escolhas erradas e não devemos continuar nos enganando e machucando. Desejaria não passar por isso, mas não posso. Por favor, só não tente me entender.


Gente, então é assim, mudamos o layout, talvez mudemos de novo, estamos indecisas, gostávamos do nosso outro mas aconteceu um imprevisto. De qualquer modo, espero que tenham gostado, tem umas coisas para arrumar ainda. Com o tempo tudo se ajeita. A partir de agora teremos que colocar nossos nomes no final de cada post pra que vocês saibam quem postou e etc, aliás, irei editar os posts mais antigos quando tiver tempo colocando o nome de quem postou também. Agora, por exemplo, é a Isabel (belw). É só isso. Beijos, bel

domingo, 12 de setembro de 2010

Algo realmente incômodo

Não sei explicar, tem alguma coisa dentro de mim que anseia algo que nem sabe ao certo o que é
Esse mundo inteiro me incomoda
Tudo
As pessoas
Queria poder me desligar nem que por uma curta fração de tempo
Tudo ao nosso redor transpõe ódio, as pessoas tem tanto ódio no coração
Mentem como se fosse a coisa mais natural do mundo
Cadê os princípios? A moral?
O amor? A Paz?
Sorrisos sinceros e momentos verdadeiros... (?)
Não creio que haja uma salvação
E eu cansei de dançar essa música
Notas repentinas de uma mesma desgraça
Ninguém mais faz as coisas pensando nos outros
São todos uns porcos egoístas
Só sabem fazer o que lhes convém, o que vai lhes garantir alguma coisa vantajosa
Fazem promessas a serem quebradas
Nada mais faz sentido

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

I'm lost without you my friend


Embora eu já tenha tentado milhares de vezes, e continue tentando, é quase impossível expor a importância da minha melhor amiga. Com ela nem o céu é o limite. Risos descontrolados, momentos de pura alucinação e loucura são constantes. E é ela que mais me faz falta. Aquela que sabe exatamente como me sinto, que tem as palavras certas, que pensa igual, ou pelo menos parecido comigo, que me olha e me entende, que sabe o que preciso, que me abraça, que é cúmplice dos meus planos maquiavélicos, que briga comigo, que faz cara feia quando não gosta de algo que eu gosto, que me contraria, mas que também concorda comigo, e que não sai do meu lado. Minha melhor amiga me faz falta... Aquela que só eu chamo de Pão de Mel, quem trato carinhosamente por migs, que concorda comigo quanto a fazer quilos de brigadeiro, tenta virar a noite sem dormir falando besteiras, assiste desde os melhores, aos piores filmes ao meu lado e que me entende. Mesmo com todos os meus absurdos defeitos, físicos e mentais, a minha melhor amiga me ama, e eu a amo, um tanto inexplicavelmente grande.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Lies Lies Lies ♪


- Mentiras.
Foi esta pequena palavra que traduziu o que foi minha passagem por aquele lugar, e foi a mesma que pronunciei por último, antes de virar as costas, fechar os olhos, e uma leve lágrima cristalizada correr por minha face. Uma lágrima selou o fim de uma era e a chuva trouxe o início de outra.
Enfiei a mão dentro da minha mochila e tateei a procura de uma caneta, lápis, qualquer coisa. Encontrei a caneta e um pedaço de papel rasgado. Baixei a cabeça, e escrevi rápido um bem desenhado ‘lies’. Joguei o pequeno pedaço de papel pela janela do ônibus, tornei a abaixar a cabeça e afundei em meio as minhas músicas. Eu não pertencia aquele lugar, e aquele lugar também não pertencia a mim.

sábado, 28 de agosto de 2010

Dor

Mas estou focada na dor, a única coisa que é real
O horror. Tentarei matar tudo dentro de mim
O que me tornei, querido?
Tudo no final continua sem resposta
Afundei na poltrona cansada de histórias de corações partidos
Deixei os sentimentos desaparecerem
Nunca estive preparada
Você foi outro alguém e eu ainda estou aqui
Você poderia ter tudo, pegar uma música triste e deixa-la feliz
Mas se eu pudesse começar de novo
Estou a milhas de distancia
Procurando um caminho

Escrevi isso enquanto ouvia a música Hurt, do Johnny Cash.
Qualquer semelhança não é mera coincidência.

domingo, 22 de agosto de 2010

E se eu quiser ser feliz?


E se eu quiser sair de casa sem me arrumar, dançar na esquina, gritar aos quatro ventos, amar a natureza, abraçar uma árvore, comprar briga pelo verde, pular sem parar, rir e chorar, e se eu quiser brincar?
E se eu quiser cantar pra todos ao meu redor, ouvir minha música preferida e sorrir?
E se eu quiser sair, correr, andar, olhar, observar, admirar, nadar, ver as coisas de outra forma, superar o mal, fazer o que te faz e o que me faz bem?
E se eu quiser viver novamente?
Ressurgir das cinzas como uma fênix, criar novos caminhos, traçar novos rumos, fazer novos amigos, cultivar os antigos.
E se eu quiser andar de mãos dadas na rua?
Dizer ‘olá’ a um desconhecido... Fazer o bem sem olhar a quem?
Se eu quiser amar alguém? Ou amar a todos?
E se eu quiser sonhar com dias melhores, pessoas melhores, e acreditar que mesmo nos piores momentos, nos mais sombrios acontecimentos uma ponta de luz pode surgir, tudo pode mudar e a esperança pode se renovar?
Eu só quero continuar acreditando que dias melhores com certeza virão e ninguém pode me dizer que não!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A única solução

O sol entrou pela janela fazendo-o acordar. Era um novo dia.
A algum tempo atrás ele acharia irrelevante, mas agora ele pensava nisso como uma oportunidade.
Ontem ele pensaria que assim como os pássaros estavam migrando para o norte, ele poderia migrar, pra qualquer lugar. Tão logo esse pensamento ocorreria-lhe ele já perceberia que por mais que os pássaros voassem rumo ao hemisfério oposto, as circunstâncias mais cedo ou mais tarde os trariam de volta. Ele seria impulsionado a voltar. 
Por mais que relutasse, tentando negar a si mesmo, fingir que não... só existia uma solução, desde o princípio.
Era hora de fazê-la valer.

it's a new day, but in fact, the same shit!

Gostaria de agradecer as indicações ao Blog Selo de Ouro que recebemos dos blogs #PraVocêLembrar e Wonderland. Muito obrigada mesmo meninas. Recomendo esses blogs, aliás, são muito bons.  Bom, agora eu tenho que indicar outros blogs, e os que lembro agora e gostaria de indicar são:
(gostaria de indicar uns outros também, mas sei que já foram indicados, então...)
Beijos, bel

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Cause nothing can compare in this world to you ♪

Meu coração dispara, os olhos correm perdidos por todos os lados, o corpo formiga por inteiro, a mente se esvazia, e apenas uma vaga canção de amor passa por entre os pensamentos. Uma mão quente toca minha mão fria e trêmula, as duas se unem de um jeito que é difícil dizer se vão separar-se novamente. Os olhos, antes perdidos, agora estão fixos em um ponto, mais especificamente, em um sorriso. Um sorriso perfeito, que se encaixa perfeitamente bem naquele rosto, um conjunto lindo, uma obra de arte. Braços entrelaçam minha cintura, e o coração aos poucos se acalma... Ele sabe que ali está seguro, e que nada pode atingi-lo, é uma fortaleza, um porto seguro. Teus olhos, tuas mãos, teus braços, teu sorriso... É tudo que me completa, é o que me faz seguir, me faz feliz, me faz viver!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Folhas, meras folhas

Talvez eu só precise de um pouco mais de calma enquanto meus pés não estiverem tocando o chão. As folhas que tinham de cair já caíram de suas árvores, pra mim, sinto que este período começa agora. Tempos confusos, tempos difíceis. Minhas folhas verdes balançam conforme o vento as atinge, e com todas as minhas forças tento as manter comigo, se alguma delas cair, pelo menos saberei que me esforcei para mante-las aqui. Mas há aquela, aquela que sinto que já perdi, amarela acinzentada restando apenas um terço para cair. Ela resiste mais do que eu gostaria que assim fizesse, e se eu tivesse coragem, eu mesma a cortava. Mas a coragem me é ausente, e enquanto isso, ela balançando conforme o vento, resistindo, lutando, e eu continuarei esperando, até ela cair.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Glória



Grande seria aquele dia, um lindo dia de glórias.
Vindas de nós? Não, não! A glória foi para eles e elas que estenderam uma flor diante de soldados armados e prontos para disparar, que colocaram seus corpos em frente a grandes árvores centenárias, impedindo milhares de máquinas de derrubarem-nas. Glórias que vieram daqueles que pararam grandes catástrofes simplesmente porque aquilo é certo. Glória presente em cada uma das crianças que nasceram neste dia e que foram capazes de mudar de pedra, para uma flor, o coração de um já aposentado militar. Glória a todos que presenciaram o surgimento de um novo mundo.
Por que não glória vinda de nós?
Porque não fomos capazes de fazer a diferença, fomos, e somos, só cúmplices daquilo que vem acontecendo desde o início dos tempos.
Para mim, resta abrir os olhos, despertar desse sonho, e continuar apontando minhas flores para milhares de armas.

“...a morte é o único mal contra o qual as flores nada podem”. (O pequeno príncipe).
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A todos que acompanham o blog, muito obrigada pelo carinho e pelos comentários fofos. Me desculpem por não poder estar sempre presente nos seus respectivos blogs, mas meu tempo é meio curto aqui. Agradeço também pela paciência de aguentarem a nossa demora pra postar, é como a Bel disse, foi difícil semana passada arrumar um intervalo pra vir aqui. E sobre meu último post, a foto pode parecer meio ''crepúsculo'' e tals, mas não foi por isso que coloquei ela, foi porque achei a melhor forma de expressar em uma imagem tudo que eu quis dizer. Enfim, é isso. Beijos Beijos s2

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Apenas imagens

Primeiramente eu gostaria de me desculpar pela demora na atualização do blog, mas Mariiina e eu tivemos problemas com "tempo", de qualquer modo, aqui estou. Gostaria de agradecer à Vanessa, do blog De Dentro Para Fora, que nos desafiou a contar algumas coisas sobre a gente apenas com imagens, adoramos o desafio. Aqui está:
Quem sou
belw:       

mariiina:

O que me faz sorrir
belw:

mariiina:

O que me faz chorar
belw:

mariiina:

Minha cor
belw:

mariiina:

Hobby
belw:

mariiina:

Sonho
belw:

mariiina:

Melhor lembrança
belw:

mariiina:

Música
belw:

mariiina:

Esporte
belw:

mariiina:

Um filme
belw:

mariiina:

Um pecado
belw e mariiina:

Três lembranças fofas da infância
belw:
 

mariiina:
  

Mais uma vez muito obrigada pelo desafio, indicamos este mesmo para os blogs:

Beijos, bel

terça-feira, 13 de julho de 2010

Parte de mim


Perdi o fôlego, já sentia o ar rarefeito, a visão estava turva e aos poucos escurecia mais.
O chão parecia aproximar-se, as vozes a meu redor estavam altas, mas não conseguia assimilar o que diziam. Estava com medo. Senti meus joelhos colidirem com o chão, e a dor aumentou. Apoiei as mãos nas pernas trêmulas. Tudo rodava. Tudo.
Meu coração acelerou... E de uma só vez, parou. O sangue não circulava mais, os olhos fecharam-se e senti, pela primeira vez em minha vida, uma imensa paz interior.

Estranho... mas pude me sentir vivo novamente algumas horas depois.

Meu coração voltou a pulsar rápido, e mais forte do que nunca. Meu pulmão inflava-se segundo após segundo, mas não o sentia próximo a meu coração. Meus olhos abriram-se novamente, mas nada era como antes...
Encontrava-me em um hospital, vários pacientes em um mesmo recinto.
Suas famílias pareciam respirar aliviadas, alguém se fora para salvar a vida de quem amavam.


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Bom, nada mais justo que agradecer a Bia do Story Of Princess, e Vanessa do De Dentro Para Fora pelos selos, obrigada meninas.
E aproveito aqui pra indicar dois blogs que conheci esses dias, e que gostei muito. Um deles é o De Adolescente Para Adolescente e o outro é History End. Parabéns aos blogueiros (as) qw.

domingo, 11 de julho de 2010

Apenas

Sua mão foi apenas mais uma para segurar e eu continuo perguntando porque
Agora você se foi, está longe e eu não posso te trazer de volta
Seus braços foram naquele momento apenas mais alguns para me abraçar
Braços que jamais voltarei a sentir e isso machuca em pensar
Você me olhava nos olhos e dizia "Tudo vai ficar bem"
"Me dê um tempo" eu respondia
Eu te perdi, você se foi, está longe e eu não posso te trazer de volta
Cheguei atrasada junto com meu sentimentalismo barato
Minhas mãos para você agora não passariam de apenas mais umas, assim como meus braços, meus olhares e sorrisos
Mas você não vai nem ao menos saber
Eu não posso te trazer de volta

Eu gostaria de agradecer a Bia, do blog storyofprincess, que indicou o selo do "Prêmio Dardo" para o nosso blog. Não vou indicar nenhum blog agora, desculpem-me, mas enfim, é isso.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Quando ela sorriu pela primeira vez

Não restavam mais folhas nas árvores, o inverno já começara e ela nem se dera conta do tempo passando. Sentada no balcão da cafeteria, seu café, intocado, estava frio. Seus olhos estavam fixos em suas mãos posicionadas juntas à xícara, sua mente, vazia. Ela era um abismo escuro e solitário, nada conseguir permanecer muito tempo em seus pensamentos, eles logo se diluíam, e dessa maneira, estava quase sempre pensando em nada. Ela continuava vivendo não sabia o porquê, uma vida mecânica, um dia igual ao outro, quase como um robô com um coração batendo apenas porque se acostumara a isso.
Todos os dias nos mesmos lugares, sempre com a cabeça baixa não reparava em nada ao seu redor. A unica coisa que ela sabia sobre a cafeteria era que seu banco era o último do balcão, o mais isolado, onde ninguém mais sentava. Nunca se dera ao trabalho de olhar nos olhos de quem lhe atendia, ela nem pensava sobre isso.
Para muitos era como se ela fosse uma pedra, nunca expressou qualquer emoção, sentimento, e suas conversas - quando alguém se aventurava em puxar assunto - não costumavam durar mais de dez minutos.
De alguma maneira ela estava cansada, no fundo ela sentia que tudo estava errado, sentia-se infeliz, mas não sabia o porquê. Sua vida nunca teve qualquer indício de sentimentos, viveu sempre sozinha graças aos seus pais, mas as vezes ela sentia um forte vazio dentro de si. Um vazio sem identificação.
Ninguém consegue viver sozinho, assim como ninguém consegue viver sem sentimentos e emoções. E quando parecia que ela estava predestinada a terminar seus dias dessa maneira, ela finalmente sentiu seu coração bater.
- Seu café já deve estar frio!
Sem ao menos se dar conta do que fazia, virou o rosto em direção à voz e viu um rosto masculino, olhos azuis. Olhos que a lembravam alguma coisa realmente bonita mas que nunca dera a devida atenção para reparar o que era. "O Mar", dizia seu interior. "O que é o mar?", eram apenas vagas imagens correndo sua cabeça. Tudo isso em uma fração de segundos, e então voltou a realidade, onde junto com os olhos viu cabelos castanhos bagunçados, o que a fazia pensar que estava realmente ventando lá fora. Boca definida, nariz levemente arrebitado e bochechas rosadas.
Ela não entendia o que estava acontecendo, durante tão pouco tempo ela conseguira pensar em tantas coisas, metade do que já conseguira pensar em toda sua vida.
Ela tremia, sentiu as mãos suarem e o rosto ficar quente, enquanto sua barriga insistia em deixar parecer que milhares de borboletas estavam dentro dela.
Ela não sabia quem ele era, não fazia a menor ideia do que estava sentindo, mas uma coisa era certa: ela precisava dele. "I'm with you" começou a tocar na rádio e pela primeira vez em sua vida ela realmente ouviu uma música, assim como pela primeira vez, ela sorriu.
E sua vida nunca mais foi a mesma.

domingo, 4 de julho de 2010

Alone


Noites frias virão.
Noites em que a incerteza e a tristeza a acompanharão.
Caminhará perdida, sem rumo, vagará por ruas escuras e vazias, procurará na solidão, alguém que já não volta mais.

- E eu não verei você essa noite. - Ele sussurra ao seu ouvido acariciando os longos cabelos da amada.

A menina chora.
Chora sozinha por não ter mais ao seu lado o único que a fez verdadeiramente feliz.
Sente que o perdeu, e que não voltará a tê-lo.

- Sei que você não me vê, mas sei que pode sentir minha tristeza e que a compartilha comigo. Dizem que quando alguém cumpre sua missão, essa pessoa se vai. A minha missão foi cumprida. Eu te amei com todas as minhas forças, desde o primeiro momento que te vi, até meu último suspiro, aquele em que sussurrei o teu nome. Desculpe-me por ter partido pequena, não tive escolha, e se tivesse não escolheria me afastar de você. Eu sempre vou estar aqui, e vou te esperar pra sempre. Eu amo você minha menina.

E então ela chorou e percebeu seu caixão sendo levado para de baixo da terra.
A menina cai de joelhos sobre a grama de baixo de uma forte chuva.
Neste momento ela soube que ele estava chorando, e que onde quer que estivesse, estaria olhando por ela.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Mesmo que aos pedaços

Você quer ir embora e fazer um novo começo, e eu digo: não fuja. Assim como o tempo, a fuga apenas desloca o que te encomoda do centro das atenções. Você não tem culpa do mundo ser como é, e ele não mudará tão logo - assim como as pessoas existentes nele. Ele te desgasta e te transforma em uma pessoa fria, mas no fundo nós sempre soubemos que era assim. Algumas das pessoas que julgamos confiáveis nos apunhalarão pelas costas, nos deixarão sangrando no chão, mas chega a hora de levantar e seguir em frente. Seguir em frente mesmo que aos pedaços, e isso não se faz fugindo.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Além do que restou


Hoje estava eu pensando na vida, quando de repente me veio a escola em mente...
Pensei em tudo que vivi lá dentro, nas amizades que fiz, nas horas de aulas longas e chatas... Enfim, tudo.
Incrível como só nos damos conta da importância que a escola tem quando tudo está prestes a terminar.
Quanto tempo vivido entre aquelas estruturas. Quantos amigos. Quantas histórias...
Triste imaginar a vida sem isso tudo. Sem os amigos, pra apoiar em qualquer momento de dificuldade, sem as brigas, por causa de notas baixas, sem os professores chatos e ranzinzas...
Fiquei pensando como vai ser depois disso...
E a resposta logo me veio a cabeça. Uma resposta pequena e rápida, de uma única palavra...

Saudade.

Saudade das bagunças, risadas, papos jogados fora durante as aulas, brigas, reconciliações. Saudade de cada momento passado ali.
A saudade aperta, o coração dói, as lembranças passam involuntariamente na cabeça, as antigas fotos ressurgem... E as lágrimas transbordam.
O que resta são as lembranças, e marcas que dias como esses deixaram em nossas vidas.


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Pra todos do 302, que um dia foram 206 e 105. Obrigada!

sábado, 26 de junho de 2010

Memórias


Não te sinto mais aqui.
Não sentirei durante algum tempo.
Sei que o seu pensamento me acompanha, e que para ti também não é fácil.
Lembro dos dias em que passamos juntos. Teu olhar protetor, tuas palavras calmas e sinceras.
Meu coração apertado, clama por mais um abraço, um olhar... Uma palavra!
Aqui dentro ainda fazes parte da minha rotina, meus pensamentos diários e em tudo isso, lembro-me de sorrir.
Me ensinaste a sorrir mesmo quando as coisas não vão bem, porque no fim tudo da certo, é só seguir o plano...
A angústia me acompanhará até o momento de ver-te novamente, admirar teu sorriso, pular em teus braços e nesse momento o mundo vai girar vagarosamente outra vez.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Cartas pra você


Estou aqui. Estenderei-te a mão sempre que precisares, assim como tantas vezes já fiz. Não me importo de passar noites em claro por ti, se isto te fizer bem farei mil vezes mais. Me doi saber que mesmo tentando o meu melhor não consigo mudar tua realidade. Se eu pudesse, te guardaria, te esconderia de todo esse mundo que só te faz sofrer. Não deixaria te machucarem. Me colocaria a frente de nações para isso. Tuas lágrimas acarretam nas minhas, quando tudo o que eu gostaria era de ver um sorriso em teu rosto. Mas de qualquer modo, como não posso evita-las, estou aqui para enxuga-las. Tentarei fazer-te entender que as tempestades e os nevoeiros um dia dão lugar a raios de sol, e eu estarei lá junto deles quando estes aparecerem. Pode demorar, a névoa está densa e a tempestade deixa o céu cinza, tu não consegues ver um palmo a frente, mas dure o tempo que for esperarei contigo. Te abraçarei e serei teu pilar se assim quizeres, sinto-me como tal. Abandonaria tudo neste momento para poder estar contigo e te dar um abraço que só nós entendemos, que muitas vezes diz coisas que gostariamos mas nos tornamos incapazes de dizer. Foram-se os tempos de nossas ingenuidades, estamos aprendendo de forma amarga o quão cruel o mundo pode ser e que as pessoas vão lembrar sempre de te magoar, mas nunca de te ajudar. Mas eu, eu estarei aqui para guiar-te. Eu sei que não se apagará com o tempo. Quando cansares de mim, deixarei-te ir. Eu só quero te ver feliz e te agradecer por ter sempre me feito feliz. Broncas, risadas, lágrimas, momentos de alegria e de desespero, fazem parte de tudo o que construímos e isto permanecerá comigo até meu último suspiro, assim como sei que permanecerá contigo. Então seguiremos em frente de mãos dadas rumo a luz.

Obs.: O meu post anterior, "Última Glória", não tem relação comigo ou o que eu estou sentindo galera qw, é uma ficção besta que eu escrevi, só. Pra quem não entendeu, a narradora morreu no final. Morreu para salvar a "nação" dela, as pessoas que ela gostava. É isso.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Última glória

Parece-me óbvia uma derrota. Diante do campo de batalha estou analisando cada possível movimento, todos previsíveis demais, falhos demais. Estou ouvindo meu coração pulsando fazendo-me lembrar de um relógio com um tic tac demasiado rápido. O tempo estava passando rápido. Eu só preciso de uma decisão, uma unica, então meu mundo pode desabar em ruínas ou resplandecer em glória. Não permitirei que a destruição tome conta de tudo que eu construi, não esforcei-me em vão. Sentimentos não serão esmagados, nem nada do que eu sempre acreditei. Não, não deixarei triunfarem sobre mim, eu acredito em tudo o que conquistei. E como prova, uma última decisão tomarei. Aqui está a prova do quão eu lutei por tudo isto, o quanto eu acredito e que fui fiel até minha ultima batida de coração. Isso é tudo por vocês. Esta decisão é por vocês. Um suspiro, e adeus.