quarta-feira, 28 de julho de 2010

Glória



Grande seria aquele dia, um lindo dia de glórias.
Vindas de nós? Não, não! A glória foi para eles e elas que estenderam uma flor diante de soldados armados e prontos para disparar, que colocaram seus corpos em frente a grandes árvores centenárias, impedindo milhares de máquinas de derrubarem-nas. Glórias que vieram daqueles que pararam grandes catástrofes simplesmente porque aquilo é certo. Glória presente em cada uma das crianças que nasceram neste dia e que foram capazes de mudar de pedra, para uma flor, o coração de um já aposentado militar. Glória a todos que presenciaram o surgimento de um novo mundo.
Por que não glória vinda de nós?
Porque não fomos capazes de fazer a diferença, fomos, e somos, só cúmplices daquilo que vem acontecendo desde o início dos tempos.
Para mim, resta abrir os olhos, despertar desse sonho, e continuar apontando minhas flores para milhares de armas.

“...a morte é o único mal contra o qual as flores nada podem”. (O pequeno príncipe).
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A todos que acompanham o blog, muito obrigada pelo carinho e pelos comentários fofos. Me desculpem por não poder estar sempre presente nos seus respectivos blogs, mas meu tempo é meio curto aqui. Agradeço também pela paciência de aguentarem a nossa demora pra postar, é como a Bel disse, foi difícil semana passada arrumar um intervalo pra vir aqui. E sobre meu último post, a foto pode parecer meio ''crepúsculo'' e tals, mas não foi por isso que coloquei ela, foi porque achei a melhor forma de expressar em uma imagem tudo que eu quis dizer. Enfim, é isso. Beijos Beijos s2

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Apenas imagens

Primeiramente eu gostaria de me desculpar pela demora na atualização do blog, mas Mariiina e eu tivemos problemas com "tempo", de qualquer modo, aqui estou. Gostaria de agradecer à Vanessa, do blog De Dentro Para Fora, que nos desafiou a contar algumas coisas sobre a gente apenas com imagens, adoramos o desafio. Aqui está:
Quem sou
belw:       

mariiina:

O que me faz sorrir
belw:

mariiina:

O que me faz chorar
belw:

mariiina:

Minha cor
belw:

mariiina:

Hobby
belw:

mariiina:

Sonho
belw:

mariiina:

Melhor lembrança
belw:

mariiina:

Música
belw:

mariiina:

Esporte
belw:

mariiina:

Um filme
belw:

mariiina:

Um pecado
belw e mariiina:

Três lembranças fofas da infância
belw:
 

mariiina:
  

Mais uma vez muito obrigada pelo desafio, indicamos este mesmo para os blogs:

Beijos, bel

terça-feira, 13 de julho de 2010

Parte de mim


Perdi o fôlego, já sentia o ar rarefeito, a visão estava turva e aos poucos escurecia mais.
O chão parecia aproximar-se, as vozes a meu redor estavam altas, mas não conseguia assimilar o que diziam. Estava com medo. Senti meus joelhos colidirem com o chão, e a dor aumentou. Apoiei as mãos nas pernas trêmulas. Tudo rodava. Tudo.
Meu coração acelerou... E de uma só vez, parou. O sangue não circulava mais, os olhos fecharam-se e senti, pela primeira vez em minha vida, uma imensa paz interior.

Estranho... mas pude me sentir vivo novamente algumas horas depois.

Meu coração voltou a pulsar rápido, e mais forte do que nunca. Meu pulmão inflava-se segundo após segundo, mas não o sentia próximo a meu coração. Meus olhos abriram-se novamente, mas nada era como antes...
Encontrava-me em um hospital, vários pacientes em um mesmo recinto.
Suas famílias pareciam respirar aliviadas, alguém se fora para salvar a vida de quem amavam.


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Bom, nada mais justo que agradecer a Bia do Story Of Princess, e Vanessa do De Dentro Para Fora pelos selos, obrigada meninas.
E aproveito aqui pra indicar dois blogs que conheci esses dias, e que gostei muito. Um deles é o De Adolescente Para Adolescente e o outro é History End. Parabéns aos blogueiros (as) qw.

domingo, 11 de julho de 2010

Apenas

Sua mão foi apenas mais uma para segurar e eu continuo perguntando porque
Agora você se foi, está longe e eu não posso te trazer de volta
Seus braços foram naquele momento apenas mais alguns para me abraçar
Braços que jamais voltarei a sentir e isso machuca em pensar
Você me olhava nos olhos e dizia "Tudo vai ficar bem"
"Me dê um tempo" eu respondia
Eu te perdi, você se foi, está longe e eu não posso te trazer de volta
Cheguei atrasada junto com meu sentimentalismo barato
Minhas mãos para você agora não passariam de apenas mais umas, assim como meus braços, meus olhares e sorrisos
Mas você não vai nem ao menos saber
Eu não posso te trazer de volta

Eu gostaria de agradecer a Bia, do blog storyofprincess, que indicou o selo do "Prêmio Dardo" para o nosso blog. Não vou indicar nenhum blog agora, desculpem-me, mas enfim, é isso.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Quando ela sorriu pela primeira vez

Não restavam mais folhas nas árvores, o inverno já começara e ela nem se dera conta do tempo passando. Sentada no balcão da cafeteria, seu café, intocado, estava frio. Seus olhos estavam fixos em suas mãos posicionadas juntas à xícara, sua mente, vazia. Ela era um abismo escuro e solitário, nada conseguir permanecer muito tempo em seus pensamentos, eles logo se diluíam, e dessa maneira, estava quase sempre pensando em nada. Ela continuava vivendo não sabia o porquê, uma vida mecânica, um dia igual ao outro, quase como um robô com um coração batendo apenas porque se acostumara a isso.
Todos os dias nos mesmos lugares, sempre com a cabeça baixa não reparava em nada ao seu redor. A unica coisa que ela sabia sobre a cafeteria era que seu banco era o último do balcão, o mais isolado, onde ninguém mais sentava. Nunca se dera ao trabalho de olhar nos olhos de quem lhe atendia, ela nem pensava sobre isso.
Para muitos era como se ela fosse uma pedra, nunca expressou qualquer emoção, sentimento, e suas conversas - quando alguém se aventurava em puxar assunto - não costumavam durar mais de dez minutos.
De alguma maneira ela estava cansada, no fundo ela sentia que tudo estava errado, sentia-se infeliz, mas não sabia o porquê. Sua vida nunca teve qualquer indício de sentimentos, viveu sempre sozinha graças aos seus pais, mas as vezes ela sentia um forte vazio dentro de si. Um vazio sem identificação.
Ninguém consegue viver sozinho, assim como ninguém consegue viver sem sentimentos e emoções. E quando parecia que ela estava predestinada a terminar seus dias dessa maneira, ela finalmente sentiu seu coração bater.
- Seu café já deve estar frio!
Sem ao menos se dar conta do que fazia, virou o rosto em direção à voz e viu um rosto masculino, olhos azuis. Olhos que a lembravam alguma coisa realmente bonita mas que nunca dera a devida atenção para reparar o que era. "O Mar", dizia seu interior. "O que é o mar?", eram apenas vagas imagens correndo sua cabeça. Tudo isso em uma fração de segundos, e então voltou a realidade, onde junto com os olhos viu cabelos castanhos bagunçados, o que a fazia pensar que estava realmente ventando lá fora. Boca definida, nariz levemente arrebitado e bochechas rosadas.
Ela não entendia o que estava acontecendo, durante tão pouco tempo ela conseguira pensar em tantas coisas, metade do que já conseguira pensar em toda sua vida.
Ela tremia, sentiu as mãos suarem e o rosto ficar quente, enquanto sua barriga insistia em deixar parecer que milhares de borboletas estavam dentro dela.
Ela não sabia quem ele era, não fazia a menor ideia do que estava sentindo, mas uma coisa era certa: ela precisava dele. "I'm with you" começou a tocar na rádio e pela primeira vez em sua vida ela realmente ouviu uma música, assim como pela primeira vez, ela sorriu.
E sua vida nunca mais foi a mesma.

domingo, 4 de julho de 2010

Alone


Noites frias virão.
Noites em que a incerteza e a tristeza a acompanharão.
Caminhará perdida, sem rumo, vagará por ruas escuras e vazias, procurará na solidão, alguém que já não volta mais.

- E eu não verei você essa noite. - Ele sussurra ao seu ouvido acariciando os longos cabelos da amada.

A menina chora.
Chora sozinha por não ter mais ao seu lado o único que a fez verdadeiramente feliz.
Sente que o perdeu, e que não voltará a tê-lo.

- Sei que você não me vê, mas sei que pode sentir minha tristeza e que a compartilha comigo. Dizem que quando alguém cumpre sua missão, essa pessoa se vai. A minha missão foi cumprida. Eu te amei com todas as minhas forças, desde o primeiro momento que te vi, até meu último suspiro, aquele em que sussurrei o teu nome. Desculpe-me por ter partido pequena, não tive escolha, e se tivesse não escolheria me afastar de você. Eu sempre vou estar aqui, e vou te esperar pra sempre. Eu amo você minha menina.

E então ela chorou e percebeu seu caixão sendo levado para de baixo da terra.
A menina cai de joelhos sobre a grama de baixo de uma forte chuva.
Neste momento ela soube que ele estava chorando, e que onde quer que estivesse, estaria olhando por ela.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Mesmo que aos pedaços

Você quer ir embora e fazer um novo começo, e eu digo: não fuja. Assim como o tempo, a fuga apenas desloca o que te encomoda do centro das atenções. Você não tem culpa do mundo ser como é, e ele não mudará tão logo - assim como as pessoas existentes nele. Ele te desgasta e te transforma em uma pessoa fria, mas no fundo nós sempre soubemos que era assim. Algumas das pessoas que julgamos confiáveis nos apunhalarão pelas costas, nos deixarão sangrando no chão, mas chega a hora de levantar e seguir em frente. Seguir em frente mesmo que aos pedaços, e isso não se faz fugindo.