sábado, 29 de maio de 2010

Sem perspectivas



Durante todo o tempo eu estive esperando por esse momento, agora que aconteceu eu não sei como agir. Sinto que já não tem mais a importancia que antes tinha pra mim. Ainda tem um fundo de importancia, mas não tanto quanto antes. Antes eu sentia uma sensação fria percorrer o meu corpo. Ansiedade, medo. Parecia um sonho tão distante, assim como tantos outros. Sonho tão alto... por que dessa vez seria diferente? Agora parece que pela primeira vez eu me enganei. Aliás, estava me enganando desde o inicio. Não vi os sinais, se é que eles existiram. Não mandei sinais. Deixei as coisas acontecerem naturalmente. Deu certo, mas enquanto não dava cada dia era um martírio. E no meu masoquismo músical, chorei. Chorei por ansiedade. Chorei por medo. Chorei pra aliviar a dor que só eu entendia. Vontade de correr, de gritar. Então as coisas tomaram um rumo tão diferente. O mundo parou para aquele momento, aquilo que eu vinha esperando à meses. Naquele momento, depois de tanto tempo, eu fui feliz. Senti meu coração pular como nunca e uma vontade incontrolável de gritar. Gritar de alegria. Aquele momento foi inteiramente meu, e pode vir a tempestade que vier nada vai tirar isso de mim. Dias em que eu reviveria tudo nos mínimos detalhes na minha mente estavam por vir. Eu revivi eles com a mesma emoção, mesma intensidade, sempre me pegando com um sorriso no rosto. Contei e recontei com a mesma emoção e intensidade para quem esteve me suportando. Dias em que eu já não pensaria mais tanto nisso estavam por vir. Vieram rápido demais. A fato perdeu o encanto. O desconhecido se tornou conhecido e já não me tira o sono. Ou quem sabe tire, porque agora anseio por uma experiencia similar. Sem perspectivas, sem plano algum, é assim que agora estou.

Fora o inverno e o tempo ruim eu não sei o que espera por mim ♪


quinta-feira, 27 de maio de 2010

É o que importa


Ao sair pela porta, você não sabe o que o espera, nem o que espera aquele que ficou.
Eu aprendi ao longo dos anos (meus grandes 16 anos) a gravar a última imagem da pessoa que me despeço. É algo involuntário, mas agradeço muito por sempre fazer.
As pessoas se tornaram tão superficiais e egoístas que só pensam em si mesmas. Ai quando percebem que perderam algo realmente importante, que vai definitivamente fazer falta, eles choram...
Se eu não choro? Lógico que choro...
Eu fico triste e sinto falta de coisas materiais como todos. Mas puxo sempre pro lado daquilo que importa, que eu sei que é meu e ninguém vai tirar.
Eu digo que amo, aquilo que amo de verdade.
O amor não é encontrado em qualquer lugar, e dinheiro nenhum paga.
Amor se constrói...
Sabe, eu, assim como muitas pessoas, sou apaixonada por cães, e não vejo, amor mais bonito, e sincero que de um cão por seu dono.
O cachorro oferece aquilo que tem, da carinho, faz companhia... Sem pedir absolutamente nada em troca além do amor.
Nós temos muito a aprender com os cães.
Deveríamos nos importar menos com o status, com a aparência, e com o material... O importante é ser feliz, e ter aqueles que amamos do lado.
Poder acordar de manhã e sorrir ao perceber o quão rico é.
Rico de amizades. Amor. Alegria.
Ser feliz é encontrar a paz no sorriso de uma criança, no abraço de um amigo, no nascer do sol.
Ter esperança de que o mundo é bom, e acreditar que nem tudo está perdido.


Depois de grandes nevascas, pequenas flores nascem.
Elas lutam para sobreviver e essa luta não é fácil.
Se até as flores sofrem, o que nos faz pensar que nós não sofreríamos?