terça-feira, 31 de agosto de 2010

Lies Lies Lies ♪


- Mentiras.
Foi esta pequena palavra que traduziu o que foi minha passagem por aquele lugar, e foi a mesma que pronunciei por último, antes de virar as costas, fechar os olhos, e uma leve lágrima cristalizada correr por minha face. Uma lágrima selou o fim de uma era e a chuva trouxe o início de outra.
Enfiei a mão dentro da minha mochila e tateei a procura de uma caneta, lápis, qualquer coisa. Encontrei a caneta e um pedaço de papel rasgado. Baixei a cabeça, e escrevi rápido um bem desenhado ‘lies’. Joguei o pequeno pedaço de papel pela janela do ônibus, tornei a abaixar a cabeça e afundei em meio as minhas músicas. Eu não pertencia aquele lugar, e aquele lugar também não pertencia a mim.

sábado, 28 de agosto de 2010

Dor

Mas estou focada na dor, a única coisa que é real
O horror. Tentarei matar tudo dentro de mim
O que me tornei, querido?
Tudo no final continua sem resposta
Afundei na poltrona cansada de histórias de corações partidos
Deixei os sentimentos desaparecerem
Nunca estive preparada
Você foi outro alguém e eu ainda estou aqui
Você poderia ter tudo, pegar uma música triste e deixa-la feliz
Mas se eu pudesse começar de novo
Estou a milhas de distancia
Procurando um caminho

Escrevi isso enquanto ouvia a música Hurt, do Johnny Cash.
Qualquer semelhança não é mera coincidência.

domingo, 22 de agosto de 2010

E se eu quiser ser feliz?


E se eu quiser sair de casa sem me arrumar, dançar na esquina, gritar aos quatro ventos, amar a natureza, abraçar uma árvore, comprar briga pelo verde, pular sem parar, rir e chorar, e se eu quiser brincar?
E se eu quiser cantar pra todos ao meu redor, ouvir minha música preferida e sorrir?
E se eu quiser sair, correr, andar, olhar, observar, admirar, nadar, ver as coisas de outra forma, superar o mal, fazer o que te faz e o que me faz bem?
E se eu quiser viver novamente?
Ressurgir das cinzas como uma fênix, criar novos caminhos, traçar novos rumos, fazer novos amigos, cultivar os antigos.
E se eu quiser andar de mãos dadas na rua?
Dizer ‘olá’ a um desconhecido... Fazer o bem sem olhar a quem?
Se eu quiser amar alguém? Ou amar a todos?
E se eu quiser sonhar com dias melhores, pessoas melhores, e acreditar que mesmo nos piores momentos, nos mais sombrios acontecimentos uma ponta de luz pode surgir, tudo pode mudar e a esperança pode se renovar?
Eu só quero continuar acreditando que dias melhores com certeza virão e ninguém pode me dizer que não!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A única solução

O sol entrou pela janela fazendo-o acordar. Era um novo dia.
A algum tempo atrás ele acharia irrelevante, mas agora ele pensava nisso como uma oportunidade.
Ontem ele pensaria que assim como os pássaros estavam migrando para o norte, ele poderia migrar, pra qualquer lugar. Tão logo esse pensamento ocorreria-lhe ele já perceberia que por mais que os pássaros voassem rumo ao hemisfério oposto, as circunstâncias mais cedo ou mais tarde os trariam de volta. Ele seria impulsionado a voltar. 
Por mais que relutasse, tentando negar a si mesmo, fingir que não... só existia uma solução, desde o princípio.
Era hora de fazê-la valer.

it's a new day, but in fact, the same shit!

Gostaria de agradecer as indicações ao Blog Selo de Ouro que recebemos dos blogs #PraVocêLembrar e Wonderland. Muito obrigada mesmo meninas. Recomendo esses blogs, aliás, são muito bons.  Bom, agora eu tenho que indicar outros blogs, e os que lembro agora e gostaria de indicar são:
(gostaria de indicar uns outros também, mas sei que já foram indicados, então...)
Beijos, bel

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Cause nothing can compare in this world to you ♪

Meu coração dispara, os olhos correm perdidos por todos os lados, o corpo formiga por inteiro, a mente se esvazia, e apenas uma vaga canção de amor passa por entre os pensamentos. Uma mão quente toca minha mão fria e trêmula, as duas se unem de um jeito que é difícil dizer se vão separar-se novamente. Os olhos, antes perdidos, agora estão fixos em um ponto, mais especificamente, em um sorriso. Um sorriso perfeito, que se encaixa perfeitamente bem naquele rosto, um conjunto lindo, uma obra de arte. Braços entrelaçam minha cintura, e o coração aos poucos se acalma... Ele sabe que ali está seguro, e que nada pode atingi-lo, é uma fortaleza, um porto seguro. Teus olhos, tuas mãos, teus braços, teu sorriso... É tudo que me completa, é o que me faz seguir, me faz feliz, me faz viver!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Folhas, meras folhas

Talvez eu só precise de um pouco mais de calma enquanto meus pés não estiverem tocando o chão. As folhas que tinham de cair já caíram de suas árvores, pra mim, sinto que este período começa agora. Tempos confusos, tempos difíceis. Minhas folhas verdes balançam conforme o vento as atinge, e com todas as minhas forças tento as manter comigo, se alguma delas cair, pelo menos saberei que me esforcei para mante-las aqui. Mas há aquela, aquela que sinto que já perdi, amarela acinzentada restando apenas um terço para cair. Ela resiste mais do que eu gostaria que assim fizesse, e se eu tivesse coragem, eu mesma a cortava. Mas a coragem me é ausente, e enquanto isso, ela balançando conforme o vento, resistindo, lutando, e eu continuarei esperando, até ela cair.